1. Ataxia - "Automatic writing"
Os Ataxia são John Frusciante, Josh Klinghoffer e Joe Lally, dos Fugazi. "Automatic writing" foi criado e gravado entre dois concertos, durante 4 dias em estúdio. Realmente soa a uma longa jam session. Linhas de baixo e baterias repetitivas, riffs espasmódicos de guitarra, muito poucos efeitos e overdubs e 5 temas que se estendem por 45 minutos.
Já expliquei em outro post que a característica mais marcante da música de Frusciante (e Klinghoffer) é o "feeling" que transmite. Aqui nada é feito com superficialidade, nem mesmo com facilidade. Cada acorde é arrancado do fundo da alma. É um álbum cheio do sentimento que os americanos chamam "guts". Em bom português é música com tomates.
Descrito assim, "Automatic Writing" é um álbum de rock/blues criado num peculiar ambiente de entendimento entre três amigos a dar largas à imaginação. Não faz grande sentido descrever de outra forma as músicas, com excepção do épico "Montreal", que encerra o álbum.
"Montreal" é uma das canções que me vai acompanhar para o resto da vida. Eu ainda sinto um arrepio quando oiço Frusciante rosnar "i was looking for an answer / that i'd never find in you / what a stupid thing to do" no tom mais angustiado e enraivecido que é possível imaginar. Se pensarmos na sua história pessoal, não é difícil imaginar as vezes em que ele pensou nestas palavras. Só este ensemble hipnótico de 12 minutos já valeria uma citação nas páginas doiradas da música pop.
Já me aconteceu ouvir "Automatic writing" de uma ponta a outra e no final não me conseguir lembrar que horas eram nem o que estava a fazer antes, nem o que queria fazer a seguir. Este CD resiste ao ouvinte, e não deixa entrar qualquer um. E a viagem não é fácil, e por vezes é agreste. Se o conseguirem, no entanto, prometo muitas recompensas. Álbum do ano.
Já expliquei em outro post que a característica mais marcante da música de Frusciante (e Klinghoffer) é o "feeling" que transmite. Aqui nada é feito com superficialidade, nem mesmo com facilidade. Cada acorde é arrancado do fundo da alma. É um álbum cheio do sentimento que os americanos chamam "guts". Em bom português é música com tomates.
Descrito assim, "Automatic Writing" é um álbum de rock/blues criado num peculiar ambiente de entendimento entre três amigos a dar largas à imaginação. Não faz grande sentido descrever de outra forma as músicas, com excepção do épico "Montreal", que encerra o álbum.
"Montreal" é uma das canções que me vai acompanhar para o resto da vida. Eu ainda sinto um arrepio quando oiço Frusciante rosnar "i was looking for an answer / that i'd never find in you / what a stupid thing to do" no tom mais angustiado e enraivecido que é possível imaginar. Se pensarmos na sua história pessoal, não é difícil imaginar as vezes em que ele pensou nestas palavras. Só este ensemble hipnótico de 12 minutos já valeria uma citação nas páginas doiradas da música pop.
Já me aconteceu ouvir "Automatic writing" de uma ponta a outra e no final não me conseguir lembrar que horas eram nem o que estava a fazer antes, nem o que queria fazer a seguir. Este CD resiste ao ouvinte, e não deixa entrar qualquer um. E a viagem não é fácil, e por vezes é agreste. Se o conseguirem, no entanto, prometo muitas recompensas. Álbum do ano.
1 Comments:
Olá, amigo português. Cara, quem canta Montreal é o Joe Lally, baixista. Um abraço!
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