quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Disco nº 3: Rádio Macau - "O rapaz do trapézio voador" (1989)

Os Rádio Macau foram injustamente colocados, durante algum tempo, em pé de igualdade com excrescências como os GNR, Xutos e Pontapés e Delfins. Depois foram esquecidos, e depois relembrados, sem nunca terem alcançado o reconhecimento que merecem. São uma banda de referência do pop português, e fazem música honesta e sincera.
"O rapaz do trapézio voador" navega entre algumas dos melhores momentos de desprendimento e leveza que a música portuguesa mostrou. "Hoje é a brincar", "Amanhã é sempre longe demais", "Só para matar o tempo" e outras são provas que eles justificavam mais.
Na próxima semana o Blitz traz um CD de 1991, "Disco pirata", gravado ao vivo. É uma exelente oportunidade para repensar quem foram (são?) os Rádio Macau. A (re)descobrir.

terça-feira, fevereiro 08, 2005

... And you will know us by the trail of dead - "Worlds apart"

"Porra, será que eu estou a ouvir os Green day por engano?"
Foi o que eu pensei quando o tema "Summer of '91", quarto tema de "Worlds apart", ia a meio. O que é suficiente para perceber de que massa é feito o álbum.
"Source Tags & Codes" (2002) colocou os Trail of dead numa primeira linha das bandas pop movidas a guitarras distorcidas. Uma espécie de Smashing Pumpkins apuncalhados para os anos 00. E com mérito, porque é um disco cantável e dançável.
"Worlds apart" é mau. E não é daqueles discos fraquinhos que não incomodam muito, e que até se conseguem ouvir no carro, enquanto comentamos que "o anterior é melhor". Não, é mesmo mau. Bastante mau.